Creche vai plantar árvore em memória de Heloísa, menina de 3 anos morta pela PRF
18/09/2023
(Foto: Reprodução) Heloísa dos Santos Silva frequentava o Centro de Educação Infantil, uma escola da rede municipal de Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, morreu no sábado (16), depois de nove dias internada em estado gravíssimo
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Um creche municipal de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, vai plantar uma árvore em memória de Heloísa dos Santos Silva, que morreu aos 3 anos de idade após ficar nove dias internada em um hospital da Baixada Fluminense vítima de um tiro disparado por um agente da Polícia Rodoviária Federal.
A menina era de Petrópolis e aluna do Centro Educacional Infantil, no bairro Morin. A instituição disse que também fará uma placa para eternizar, simbolicamente, a memória da menina.
"O CEI Primeira Infância prioriza a relação entre família e a unidade escolar. Por conta disso, reservamos um espaço para que cada família eternize-se com o CEI através do plantio de uma muda. Infelizmente, isso não foi possível com a nossa pequena Heloísa, mas nós vamos prestar essa homenagem. Não vamos deixar a memória dela ser apagada. Ela estará eternamente no nosso coração e na história do CEI", disse a diretora, Raquel Scali Magalhães.
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Na nota enviada pela Prefeitura, o prefeito e a secretária de Educação do município também prestaram solidariedade à família da criança.
"Neste momento de dor e tristeza, presto meus sentimentos e solidariedade à família e aos amigos da pequena Heloísa. A Prefeitura está à inteira disposição para todo o apoio necessário. É preciso investigar, com rigor e agilidade, as causas e os culpados por este crime. A morte de Heloísa não pode e não deve ser esquecida e ficar impune", disse o prefeito Rubens Bomtempo.
"Todos estamos consternados. Toda a rede municipal se solidariza com a família da pequena Heloísa. Que a morte de uma criança de uma forma tão cruel seja investigada com rigor e os culpados responsabilizados", afirmou a secretária de Educação, Adriana de Paula.
Heloísa voltava para Petrópolis, com a família, de um passeio à Itaguaí quando o carro em que estavam foi abordado por uma viatura da Polícia Rodoviária Federal. Um agente atirou quando o pai da menina parava o veículo no acostamento.
O tiro disparado atingiu as costas e a cabeça da menina. Ela deu entrada no dia 7 de setembro no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde morreu na manhã do último sábado (16) após sofrer uma parada cardiorrespiratória irreversível, segundo a unidade.
Heloísa foi enterrada neste domingo (17) no Cemitério Municipal de Petrópolis.
Nesta sexta-feira (15), o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a prisão preventiva dos três agentes envolvidos no incidente.